Anais Nin

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Anaïs Nin (1903 - 1977) foi uma escritora francesa que polemizou sua época ao escrever suas obras permeadas de erotismo e idéias feministas.

Ficção não tem interesse. O que vale é a sinceridade.

É o papel de Fred, inconscientemente, envenenar minha felicidade. Ele enfatiza as incongruências do amor de Henry. Eu não mereço um amor pela metade, diz ele. Mereço coisas extraordinárias. Mas o meio amor de Henry vale mais para mim do que todos os amores de mil homens.

Imaginei por um momento um mundo sem Henry. E jurei que no dia que perder Henry, eu matarei minha vulnerabilidade, minha capacidade para o verdadeiro amor, meus sentimentos, com a devassidão mais frenética. Depois de Henry não quero mais amor. Só foder, por um lado, e solidão e trabalho, por outro. Nada mais de mágoa.

Depois de não ver Henry por cinco dias por causa de mil obrigações, não pude suportar. Pedi a ele para se encontrar comigo durante uma hora entre dois compromissos. Conversamos por um momento, então fomos para um quarto do hotel mais próximo. Que necessidade profunda dele. Só quando estou em seus braços as coisas parecem direitas. Depois de uma hora com ele, pude continuar o meu dia, fazendo coisas que não quero fazer, vendo pessoas que não me interessam.

Um quarto de hotel, para mim, tem a implicação de voluptuosidade, furtiva, fugaz. Talvez o fato de não ver Henry tenha aumentado a minha fome. Eu me masturbo frequentemente, com luxúria, sem remorso ou repugnância. Pela primeira vez eu sei o que é comer. Ganhei dois quilos. Fico desesperadamente faminta, e a comida que como me dá um prazer duradouro. Nunca comi desta maneira profunda e carnal. Só tenho três desejos agora: comer, dormir e foder. Os cabarés me excitam. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar-me em corpos, beber um Benedictine ardente. Belas mulheres e homens atraentes provocam desejos em mim. Quero dançar. Quero drogas. Quero conhecer pessoas perversas, ser íntima delas. Nunca olho para rostos inocentes. Quero morder a vida e ser despedaçada por ela. Henry não me dá tudo isso. Eu despertei o seu amor. Maldito seja o seu amor. Ele sabe foder como ninguém, mas eu quero mais que isso.

Eu vou para o inferno, para o inferno, para o inferno.

Selvagem, selvagem, selvagem.

Anaïs Nin

Nota: Diário de Anaïs Nin II

Há pessoas que vivem profundamente sem ter medo da morte.

Anaïs Nin

Nota: Diário de Anaïs Nin, Vol II (1934-1939)

Nós não crescemos de forma absoluta, cronologicamente. Nós crescemos às vezes em uma dimensão, e não em outra; de forma irregular. Nós crescemos parcialmente. Somos relativos. Somos maduros numa esfera, infantil em outra. O passado, presente e futuro se misturam e nos puxam para trás, para frente, ou nos fixa no presente. Nós somos constituídos de camadas, células, constelações.

Eu percebo onde eu posso encontrar o meu navio novamente, as minhas viagens: só no sonho, nas drogas, na criação e na perversidade. Eu decidi ser imprudente, para fazer e tentar de tudo, porque nada me detém sobre a terra, e eu não tenho medo de morrer.
Vou viver a minha febre, intoxicar-me com as pessoas, a vida, o barulho, movimento, trabalho, criação, e tudo o que, de saber e sentir, vou tentar.

Não existe um grande significado cósmico para tudo; existe apenas o significado que cada um de nós dá à sua vida, um significado individual, um enredo individual, como um romance individual, um livro para cada pessoa.

Inserida por pensador

Eu caminho esquecendo-me em lembranças de Henry como seu rosto se parece em determinados momentos, sua boca travessa, o som exato de sua voz, às vezes áspera, o aperto firme de sua mão, como ele ficou no casaco verde usado de Hugo, seu riso no cinema. Ele não faz um movimento que não reverbere em meu corpo. Tem a mesma altura que eu. Nossas bocas ficam no mesmo nível. Ele esfrega as mãos quando está excitado, repete palavras, sacode a cabeça como um urso. Tem um olhar sério e casto quando trabalha. Numa multidão, sinto sua presença antes de vê-lo.

Anaïs Nin
NIN, A., Henry e June
Inserida por cazarbinati

Imaginei por um momento um mundo sem Henry. E jurei que no dia que perder Henry, eu matarei minha vulnerabilidade, minha capacidade para o verdadeiro amor, meus sentimentos, com a devassidão mais frenética. Depois de Henry não quero mais amor.

Anaïs Nin

Nota: Diário íntimo de Anaïs Nin

Inserida por cazarbinati

Nós viajamos, alguns de nós para sempre, procurando outros estados, outras vidas, outras almas.

Inserida por pensador

Estou em grande terror de seu entendimento pelo qual você penetrar no meu mundo, e então eu fico revelada e tenho de partilhar o meu reino com você.

Inserida por DannyMara