Anais Nim

Cerca de 70 frases e pensamentos: Anais Nim

Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos.

Anaïs Nin
NIN, A. Seduction of the Minotaur. Denver : A. Swallow, 1961.

Nota: A citação também foi utilizada por H. M. Tomlinson e Steven Covey, mas não se sabe sua verdadeira origem.

...Mais

A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo.

Anaïs Nin

Nota: citada por Carol A. Dingle em "French Writers of the Past", 2000

A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros.

O único transformador, o único alquimista que muda tudo em ouro, é o amor. O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor.

A nossa vida em grande parte compõe-se de sonhos. É preciso ligá-los à ação.

Pessoas vivendo intensamente não têm medo da morte.

Anaïs Nin

Nota: Diários de Anaïs Nin, Vol II, 1934-1939

É monstruoso dizer-se que o artista não serve a humanidade. Ele foi os olhos, os ouvidos, a voz da humanidade. Sempre foi o transcendentalista que passava a raios X os nossos verdadeiros estados de alma.

A carne conta a carne produz perfume, mas o contato com as palavras apenas engendra sofrimento e divisão.

Penso que se escreve para um mundo onde se possa viver.

Anaïs Nin

Nota: Os Diários de Anaïs Nin, Vol V, fevereiro 1954

Eu escolho um homem que não duvide de minha coragem, que não me acredite inocente, que tenha a coragem de me tratar como uma mulher.

Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária.
A estabelecer relações ordinárias. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma.

Anaïs Nin

Nota: Diário de Anaïs Nin, 23 de março, 1933

O amor nunca morre de morte natural. Ele morre porque nós não sabemos como renovar a sua fonte. Morre de cegueira e dos erros e das traições. Morre de doença e das feridas; morre de exaustão, das devastações, da falta de brilho.

Um homem jamais pode entender o tipo de solidão que uma mulher experimenta. Um homem se deita sobre o útero da mulher apenas para se fortalecer, ele se nutre desta fusão, se ergue e vai ao mundo, a seu trabalho, a sua batalha, sua arte. Ele não é solitário. Ele é ocupado. A memória de nadar no líquido aminótico lhe dá energia, completude. A mulher pode ser ocupada também, mas ela se sente vazia. Sensualidade para ela não é apenas uma onda de prazer em que ela se banhou, uma carga elétrica de prazer no contato com outra. Quando o homem se deita sobre o útero dela, ela é preenchida, cada ato de amor, ter o homem dentro dela, um ato de nascer e renascer, carregar uma criança e carregar um homem. Toda vez que o homem deita em seu útero se renova no desejo de agir, de ser. Mas para uma mulher, o climax não é o nascimento, mas o momento em que o homem descansa dentro dela.

Anaïs Nin
NIN, A., MILLER, H., Cartas a Anaïs Nin, 1988

Chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança. Chorei porque não podia mais acreditar e adoro acreditar. Chorei porque daqui em diante chorarei menos. Chorei porque perdi a minha dor e ainda não estou acostumada com a ausência dela.

Ajusto-me a mim, não ao mundo.

Anaïs Nin
NIN, Anais, Volume 13 - página 41, Anais Nin Foundation, 1995

A única anormalidade é a incapacidade de amar.

A vida é um processo de crescimento, uma combinação de situações que temos de atravessar. As pessoas falham quando querem eleger uma situação e permanecer nela. Esse é um tipo de morte.

Anaïs Nin
Evelyn J. Hinz, The Mirror and the Garden: Realism and Reality in the Writings of Anais Nin, 1972
...Mais

Escrever deve ser uma necessidade, como o mar precisa das tempestades - é a isto que eu chamo respirar.

Anaïs Nin

Nota: Os Diários de Anais Nin, Vol. V, fevereiro, 1954

A luz tinha som e o sol era uma orquestra.

Estou doente da persistência de imagens, reflexos e espelhos. Eu sou uma mulher com olhos de gato siamês que por detrás das palavras mais sérias sorri sempre troçando da minha própria intensidade. Sorrio porque presto atenção ao OUTRO e acredito no OUTRO. Sou marioneta movida por dedos inexperientes, desmantelada, deslocada sem harmonia; um braço inerte, outro remexendo-se a meia altura. Rio-me, não quando o riso se adapta ao meu discurso, mas porque ele se implica nas correntes subjacentes do que eu digo.

Anaïs Nin
NIN, A., A Casa do Incesto