Poema de Albert Camus

Cerca de 143 poema de Albert Camus

Mas estava a ler este romance. Aí está um desgraçado que é preso de repente, numa bela manhã. Ocupavam-se dele. e ele nada sabia. Acha que é justo? Acha que há direito de fazer isso a um homem?

Gostei muito de ti, mas agora estou cansada... Não me sinto feliz por partir, mas não é necessário ser-se feliz para recomeçar

"Sabíamos então que a nossa separação estava destinada a durar e que devíamos tentar entender-nos com o tempo"

... por entre lágrimas, disse que não recomeçaria, que fora apenas um momento de loucura e que desejava que o deixassem em paz

era a linguagem de um homem cansado do mundo em que vivia, mas que amava, contudo os seus semelhantes e estava decidido a recusar, pela sua parte, a injustiça das concessões

⁠Não é necessário existir Deus para criar a culpabilidade, nem para castigar. Para isso, bastam os nossos semelhantes, ajudados por nós mesmos.

Chegavam até a imaginar que agiam ainda como homens livres, que podiam ainda escolher.

" murmurou que eu era uma pessoa estranha, que gostava de mim decerto por isso mesmo, mas que um dia, pelos mesmos motivos, era capaz de passar os sentimentos contrários"

"desejava fugir ao sol, ao esforço, às lágrimas (...) desejava ,enfim, reencontrar a sombra e o repouso"

⁠"Mas, por causa de todas estas extensas frases, de todos estes dias e horas intermináveis durante os quais tanto se tinha falado da minha alma, tive a impressão de que tudo se transformava como que numa água incolor, que me causava vertigens"

⁠O que é a felicidade além da simples harmonia entre o homem e a vida que ele leva?

É necessário viver com o tempo e morrer com ele ou se subtrair a ele para uma vida maior.

Albert Camus
O mito de Sísifo (1941).

⁠"Também lá, em redor desse asilo onde as vidas se apagavam, a noite era como uma treva melancólica"

O que se denomina razão de viver é ao mesmo tempo uma excelente razão de morrer

Albert Camus
O mito de Sísifo. Rio de Janeiro: Record, 2019.

⁠É no momento da desgraça que a gente se habitua à verdade, quer dizer, ao silêncio.

Albert Camus
A Peste (1947).

Num certo sentido, pode dizer-se que a sua vida era exemplar. Era desses homens que têm sempre a coragem dos bons sentimentos.

Inserida por dia_marti

Havia os sentimentos comuns, como a separação ou o medo, mas continuavam a pôr-se em primeiro plano as preocupações pessoais. A maior parte era sobretudo sensível ao que perturbava os seus hábitos ou atingia os seus interesses.

Inserida por dia_marti

... mas olhava de novo para a criança, que não tinha deixado de o fitar com o seu olhar grave e tranquilo. E de repente, sem transição, o pequeno sorriu-lhe, mostrando todos os dentes.

Inserida por dia_marti

«Filhos que tinham vivido junto da mãe mal olhando para ela punham toda a inquietação e angústia numa ruga do seu rosto que se fixava na sua recordação. Esta separação brutal, sem meio termo, sem futuro previsível, deixava-nos perturbados, incapazes de reagir contra a lembrança dessa presença, ainda tão próxima e já tão distante, que ocupava agora os nossos dias»

Inserida por dia_marti

"Impacientes do presente, inimigos do passado e privados do futuro, parecíamo-nos assim bastante com aqueles que a justiça ou o ódio humanos fazem viver atrás das grades".

Inserida por dia_marti