A autoridade de poucos é e será sempre a razão e argumento de muitos.
O que ganhamos em autoridade, perdemos em liberdade.
A atividade sem juízo é mais ruinosa que a preguiça.
Todos reclamam reformas, mas ninguém se quer reformar.
Não é dado ao saber humano conhecer toda a extensão da sua ignorância.
Sem as ilusões da nossa imaginação, o capital da felicidade humana seria muito diminuto e limitado.
É mais fácil refutar erros que descobrir verdades.
O interesse explica os fenômenos mais difíceis e complicados da vida social.
A imaginação é o paraíso dos afortunados, e o inferno dos desgraçados.
Pouco dizemos quando o interesse ou a vaidade não nos faz falar.
A imaginação exagera, a razão desconta, o juízo regula.
Fazemos ordinariamente mais festa às pessoas que tememos do que àquelas a quem amamos.
Os ignorantes exageram sempre mais que os inteligentes.
Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo.
O trabalho é amargo, mas os seus frutos são doces e aprazíveis.
Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.
Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.
Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.
Os conselhos dos moços derivam das suas ilusões, os dos velhos, dos seus desenganos.
É tão fácil o prometer, e tão difícil o cumprir, que há bem poucas pessoas que cumpram as suas promessas.