⁠Na tapeçaria intricada da vida, a... Matheus Henrique Carneiro...

⁠Na tapeçaria intricada da vida, a falta de consideração se revela como uma teia de complexidades, onde as exigências vazias de cobrança se perdem no labirinto ... Frase de Matheus Henrique Carneiro Pinto Ruiz.

⁠Na tapeçaria intricada da vida, a falta de consideração se revela como uma teia de complexidades, onde as exigências vazias de cobrança se perdem no labirinto do desdém. A solução, paradoxalmente, não reside na voracidade das palavras não ouvidas, nem na tentativa vã de resgatar afetos desmerecidos, mas sim na distância calculada, na generosidade do silêncio que ecoa ausência.

A mensagem não enviada é um ato de autenticidade, uma recusa gentil à negação do próprio valor. As palavras não proferidas, por sua vez, são pérolas de sabedoria, preservadas na reserva para aqueles que têm ouvidos prontos para escutar, para compreender a melodia da alma.

A vida, essa efêmera preciosidade, não deve ser desperdiçada em companhias que não reconhecem sua dignidade intrínseca, sua essência única. A felicidade genuína não se encontra na complacência com relacionamentos vazios, mas sim na coragem de se distanciar do que não alimenta o espírito.

O temor não reside na perda das pessoas, mas sim na diluição da própria identidade ao tentar agradar a todos. A exclusão silenciosa é um ato de autodefesa, uma afirmação silenciosa do próprio valor, cujo eco ressoa na consciência dos que se negam a reconhecer o presente que lhes é oferecido.

Às vezes, na encruzilhada dos destinos, somos confrontados com a dolorosa necessidade de cortar os laços que nos aprisionam, as relações que nos sufocam. E nesse momento de separação, as vozes das dúvidas podem ecoar, mas a verdade está naqueles que, ao nos afastarmos, percebem que foram eles mesmos que nos entregaram a tesoura.

Dizem que toda pessoa é a pessoa certa, mas essa certeza não é homogênea. Algumas surgem em nossas vidas como mestres, ensinando-nos a amar a nós mesmos, enquanto outras são meros capítulos passageiros, destinadas a desaparecer no tecido do tempo.

Que ironia é o amor, essa sinfonia etérea que muitas vezes se perde no silêncio dos corações desencontrados. A música que uma vez embalou nossas almas, às vezes, se cala sem aviso prévio, deixando-nos perplexos diante da sua ausência.

Portanto, na tessitura da existência, é imperativo reconhecer o valor da própria presença, a importância de se estabelecer limites saudáveis e de se distanciar daqueles que não reconhecem a nossa luz. Pois só assim podemos verdadeiramente cultivar a felicidade interior, regada pelo amor próprio e pela gratidão pela beleza efêmera da vida.
*matheushruiz*