Histórias de Tragédia
Realmente é uma tarefa extremamente difícil a de escrever sobre qualquer que seja a tragédia. As palavras se confundem com sentimentos, os pensamentos calam frente a tristeza. Ainda mais em um tempo em que as frases de um sentimento profundo podem ser facilmente confundidas em meio a shows midiáticos, que transformam a vida em uma novela sem dublê.
Mais uma tragédia acontece no Brasil, mais vidas que se vão cedo de mais, as lágrimas nunca secarão para as famílias. Entretanto para a maioria, logo a tragédia será esquecida e se tornará apenas parte de mais alguma estatística. Todos já poderão preparar suas vidas para as próximas covardias, que serão, evidentemente, exploradas pelos veículos de comunicação, acostumados a transformar vidas em um filme de mau gosto, onde jamais se assiste um final feliz, mas sempre atraí milhares de espectadores.
Não nos leve a força...
Um desabafo sobre a tragédia do Realengo
Morra mas nos deixe viver. Apague sua luz ao achar que deve viver no escuro. Entregue-se ao seu leão de cada dia; torne-se ímpar, mas não destrua os que preferem ser par – os que ainda acreditam que podem ir um pouco mais além de você, que se acham capazes, aqueles que acreditam ainda ser possível caminhar.
Cansou? Entendo. Desista mesmo. Será uma covardia admitir que não aguenta mais tentar viver? Ou covardia real seria levar consigo pessoas, as quais, sem duvida, queriam ficar mais um pouco e conquistar seus sonhos? Não se vingue de si nos outros. Não nos marque com pedradas. Não tente apagar seu passado, riscando, manchando com sangue o nosso futuro. Se morreu em si, não tente deixar viva em nós, sua maldita história.
As pessoas usam do “fanatismo”, “credo” e, inclusive, de suas “desilusões” para tentar justificar e até santificar suas atitudes, seus irreparáveis erros. Não me venha com desculpas esfarrapadas para dizer que foi em nome de Deus, por Cristo, pois isso nem combina com nossa atual história, cultura e formação. Já nos livramos da santa inquisição! O pior é não ter controle dessa situação e saber até que ponto estamos reféns de tudo isso. Pode ser numa escola, praça, na praia e até mesmo dentro de uma igreja.
Espero que não vire moda se fazer valer, se fazer “entender”, através da destruição, da mutilação alheia, da causa do sofrimento em massa. Que não precise chegar a esse estágio para nos fazer parar e refletir sobre como está a formação de nossos jovens.
Será mesmo que este mal já chegou aqui também? Se nosso tradicional cafezinho transformou-se em coffee break, nós também podemos nos tornar ‘exterminadores do futuro’ em breve.
De ouvir tantas tragédias meus ouvidos estão fartos, mas quando olho o Ipê tão amarelinho, que coisa linda, sinto-me no paraíso!
Perdemos o compositor da paixão e da tragédia em cada passo do Flamenco:Paco de Lucia. Sua música vai resistir enquanto existir uma dançarina de Flamenco de pé. Seu corpo se foi, mas a força que rege cada nota de suas composições ecoarão pelos palcos do mundo. Apagam-se as luzes, cerram-se as cortinas, porém esse não será o último ato daquele que usou de sua guitarra flamenca para afirmar a existência do povo cigano em todas partes do mundo.
Todos temos as nossas tragedias,
um dia você vai morrer de saudades...
Um gesto nobre em sacrifício próprio!!!
Acho que falta um pouco de tragédia na vida das pessoas pra elas começarem a ver o que é não conseguir viver sem tal coisa.
A ação imediatista pode levar a tragédia ou ao arrependimento tardio, mas a atitude bem pensada leva ao sucesso